Histórico


Em 2002 a Associação do Projeto de Assentamento Colônia I iniciou uma parceria com o Grupo de Trabalho de Apoio a Reforma Agrária (GTRA) da Universidade de Brasília. Dessa aproximação resultou um projeto, cujo objeto foi o desenvolvimento de hortas orgânicas e organização social, sendo intitulado “Educando para a Sustentabilidade: horta orgânica, viveiro florestal comunitário como instrumento de recuperação e preservação ambiental de organização social e geração de renda para as famílias do Assentamento Colônia 1, no município de Padre Bernardo - GO”. O edital da PETROBRAS, com recurso a fundo perdido, apoiou a iniciativa, cujo maior desdobramento foi a criação do Grupo Vida e Preservação.
O Grupo Vida e Preservação orientou-se no sentido de organizar produtores para a produção de alimentos orgânicos, através da organização social da comunidade local. Analisando a evolução do grupo, identifico que sua proposta central baseou-se em três pontos fundamentais: a) a produção de hortifruti orgânicos; b) a utilização de área comum do assentamento; c) a aplicação do trabalho de doze famílias da própria localidade.
Atualmente, a produção de hortifruti orgânicos está consolidada, sendo evidente que a capacidade de organização e mobilização da comunidade está reforçada pela construção da sede da organização, que conta com uma sala de informática/biblioteca infantil, uma cozinha industrial com despensa, alojamento com dois banheiros e espaço coberto para reunião.
Em 2005, o projeto “A construção da sustentabilidade no Assentamento Colônia 1 – unindo forças para viver e preservar” foi aprovado no edital PPP-ECOS de 2005. Com recursos a fundo perdido, possibilitou a construção de um reservatório para captação de água da chuva e uma agrofloresta, ambas desativadas atualmente.
Os projetos aprovados para o assentamento estão profundamente ligados ao paradigma agroecológico, que segundo Caporal e Costabeber (2007) incorpora ideias ambientais e de sentimento social a respeito da agricultura. Isto quer dizer que não trata a agricultura no sentido restrito da produção e sim seus aspectos culturais e sociais. De acordo com os princípios da agroecologia a agricultura deve atender requisitos sociais, considerar aspectos culturais, preservar recursos ambientais, apoiar a participação política dos seus atores e permitir a obtenção de resultados econômicos favoráveis ao conjunto da sociedade, numa perspectiva temporal de longo prazo.